Otites de verão

No verão aumentam muito os casos de otites. Isso porque é a época mais quente do ano e ficamos mais tempo em contato com piscina, praia e ar-condicionado.

As três principais queixas relacionadas aos ouvidos nessa estação são:

1. Ouvidos Entupidos

Essa é a queixa campeã no consultório.

Geralmente acontece por acúmulo de cera dentro do conduto auditivo.
Quando essa cera entra em contato com a água, ela incha e passa a obstruir o canal, gerando aquela sensação incômoda e irritativa.

O tratamento é rápido e eficaz, sendo basicamente a remoção da cera.
Ela pode ser retirada por:

  • Lavagem com soro morno
  • Aspiração com aparelho específico
  • Uso de pinça otológica

A escolha da técnica vai depender das características do canal auditivo, da quantidade e consistência da cera.

Importante: não tente remover a cera em casa. Isso pode causar complicações como perfuração do tímpano ou laceração do canal auditivo externo.

2. Ouvidos Coçando

Neste caso, a principal causa geralmente é a falta de cera, que tem função protetora.
Também podem ocorrer reações alérgicas na pele do conduto ou excesso de limpeza, que deixa o ouvido desprotegido.

O tratamento é simples e feito com gotas específicas, conforme avaliação no exame físico.
É uma queixa comum e de resolução rápida.

3. Ouvidos Doendo

Aqui, o mais comum é a otite externa — uma infecção do canal auditivo, típica do verão.

A umidade excessiva, exposição ao sol e uso constante de ar-condicionado comprometem a proteção natural do ouvido e favorecem infecções causadas por fungos ou bactérias.

O tratamento geralmente é feito com gotas otológicas, mas nos casos mais severos pode ser necessário o uso de medicamentos orais ou até injetáveis.
Em alguns casos, é necessário limpar o canal auditivo antes de começar a medicação.

Atenção: em todos os casos, evite automedicação e não coloque nada nos ouvidos.
Procure atendimento médico especializado para um diagnóstico correto e tratamento seguro.

Cuide-se e aproveite o verão!

Sobre mim
Dra. Andréa Rodrigues

• Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

• Residência Médica no Hospital Betina Ferro de Souza (UFPA).

• Especialista também pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial.

• Membro Titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial.

• Pós-graduação em Imunologia Básica e Avançada (faculdade Unyleya)

• Pós-graduação em suplementação pediátrica (Sociedade Brasileira de Medicina Funcional Integrativa)

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