A vacina para rinite, também chamada de imunoterapia específica, é um tratamento muito eficaz nos casos de rinite alérgica, sendo, atualmente, o único meio que pode interferir no curso natural da doença. Ou seja, mesmo quando o tratamento é encerrado, os sintomas podem não voltar. Esse efeito pode durar muitos anos e, em alguns casos, promover até a cura.
O tratamento é feito com aplicações semanais de uma vacina contendo quantidades muito pequenas do agente causador da alergia (alérgenos). Essa quantidade é aumentada gradativamente ao longo do tempo, até que o sistema imunológico passe a se “acostumar” e deixe de reconhecer o alérgeno como uma ameaça.
Por que algumas pessoas têm bons resultados e outras não?
Para que a imunoterapia funcione bem, é necessário confirmar o diagnóstico de rinite alérgica com exames laboratoriais e o teste alérgico cutâneo (prick test). Assim, é possível identificar os alérgenos principais e formular uma vacina personalizada, de acordo com a avaliação detalhada do paciente.
Também é importante avaliar a anatomia das vias aéreas. Condições como carne esponjosa, desvio de septo nasal ou outras alterações que dificultam a respiração devem ser tratadas antes do início da vacina, para que o tratamento tenha sucesso.
Outros tipos de rinite, como as causadas por mudanças climáticas ou exposição a produtos químicos, não respondem bem à imunoterapia. Por isso, o sucesso do tratamento depende da seleção correta do paciente e da natureza dos sintomas.
Todos que têm rinite alérgica podem fazer a vacina?
Podem, sim. No entanto, alguns critérios são levados em conta antes da indicação. Isso porque o tratamento é longo, exige disciplina, tem um custo mais elevado e pode envolver riscos, como reações alérgicas mais intensas.
A vacina é indicada principalmente para:
- Adultos e crianças (acima de 5 anos) com rinite alérgica moderada a grave
- Pacientes que não melhoraram com o uso de antialérgicos e corticoides tópicos
- Quem deseja reduzir ou suspender o uso contínuo de medicamentos
- Pacientes que apresentam efeitos colaterais com os remédios convencionais
Como é feito o tratamento e por quanto tempo?
Tradicionalmente, a vacina é aplicada por via subcutânea, ou seja, com injeções embaixo da pele. A boa notícia é que agora ela também pode ser feita por via sublingual. Basta colocar algumas gotas da vacina debaixo da língua.
Estudos mostram que essa via é tão eficaz quanto a injetável e ainda mais segura em relação aos efeitos colaterais.
A duração recomendada da imunoterapia é de 3 a 5 anos. No início, pode haver uma leve piora dos sintomas, mas logo depois já se observa melhora — e com o tempo, menos necessidade de remédios.
Após o término do tratamento, os sintomas permanecem controlados por até 10 anos ou podem até desaparecer completamente.
Dúvidas?
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