Você TEM sinusite ou está COM sinusite? Entenda a diferença!
Recebo essa frase quase diariamente no consultório:
“Doutora, eu tenho sinusite crônica.”
Mas será que é isso mesmo? Muitas vezes, as pessoas acabam se rotulando como “quem tem sinusite” quando, na verdade, estão passando por um episódio pontual ou têm outro diagnóstico — como a rinite alérgica.
Vamos entender melhor?
Afinal, o que é sinusite?
A sinusite é o nome popular da rinossinusite, uma inflamação dos seios da face, cavidades que temos ao redor do nariz, olhos e testa. Ela pode aparecer de forma aguda, após uma gripe ou crise alérgica, e dura alguns dias. Ou pode ser crônica, quando os sintomas se arrastam por mais de 12 semanas consecutivas, mesmo com tratamento.
A maioria dos pacientes que atendo no consultório tem sinusite aguda, geralmente após infecções virais ou alergias mal controladas. Ou seja, não têm sinusite o tempo todo, estão com sinusite naquele momento.
E a sinusite crônica?
Diferente da sinusite aguda, a forma crônica é mais rara e está associada a fatores como:
- Desvios importantes no septo nasal
- Pólipos nasais
- Alergias persistentes e mal controladas
- Inflamação crônica da mucosa nasal
Esses pacientes costumam apresentar sintomas como entupimento nasal constante, secreção, dor facial leve, perda de olfato e sensação de “nariz carregado” por semanas ou até meses.
Mas atenção: só porque você teve várias crises, não significa que tem sinusite crônica.
E quando as crises são frequentes?
Aí entramos no quadro chamado sinusite recorrente, que é quando o paciente tem vários episódios de sinusite aguda ao longo do ano (por exemplo, 3 ou mais), mas fica bem entre uma crise e outra. É como se a inflamação “voltasse” depois de algumas semanas, muitas vezes favorecida por gripes, mudanças climáticas ou rinite mal cuidada.
E onde a rinite entra nessa história?
Muitas vezes, o paciente acha que tem sinusite constante, mas na verdade sofre com uma rinite alérgica mal controlada. A rinite provoca sintomas como:
- Nariz entupido
- Coriza clara
- Espirros
- Coceira no nariz
- Sensação de “peso” na cabeça
- Dificuldade para dormir e respirar bem
Ela não causa febre nem secreção espessa, mas pode deixar o nariz tão inflamado e congestionado que acaba facilitando crises de sinusite aguda.
Como diferenciar esses quadros?
Na prática, essas são as principais diferenças:
🔹 Sinusite aguda: sintomas intensos, geralmente após gripes ou resfriados, com dor ou pressão facial, secreção amarelada ou esverdeada, com ou sem febre. Além de poder apresentar também redução do olfato e tosse.
🔹 Sinusite crônica: sintomas mais leves, mas persistentes por mais de 12 semanas, como obstrução nasal contínua, secreção nasal e perda de olfato.
🔹 Sinusite recorrente: crises repetidas de sinusite aguda ao longo do ano, mas com intervalos de melhora completa entre as crises.
🔹 Rinite alérgica: sintomas mais “leves” e duradouros, com piora em contato com poeira, mofo, perfumes ou mudanças climáticas. Espirros, coriza e coceira são os mais comuns.
Diagnóstico correto faz toda a diferença
Rotular-se como alguém que “tem sinusite crônica” pode fazer com que você use medicações sem necessidade ou deixe de buscar a causa real do problema — como uma rinite não controlada, um desvio no septo ou até um desequilíbrio imunológico.
É por isso que um diagnóstico correto, feito por um especialista, é fundamental para tratar da forma certa.
Onde fazer tratamento para sinusite em Florianópolis?
Se você está em Florianópolis e sofre com crises de “sinusite crônica”, ou recorrente, precisa de uma avaliação detalhada, para que tenha resolução completa do quadro, reduzir ou eliminar uso de antibióticos e restaurar a saúde respiratória.
Na minha consulta, faço uma avaliação completa das vias respiratórias, histórico clínico, fatores ambientais, rotina, alimentação e imunidade para entender o que realmente está por trás dos sintomas.
📍 Atendimento com a Dra. Andréa Rodrigues — Otorrinolaringologista. Especialista em saúde respiratória e imunidade.
Clínica Super Imunne
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