Uma luz no fim do túnel para quem sofre com rinite e sinusite crônicas

Você sofre com rinite ou sinusite que parece não ter fim? Uma nova abordagem pode transformar sua qualidade de vida.

Se você convive com crises frequentes de rinite alérgica ou sinusite crônica, sabe o quanto isso pode ser limitante: nariz entupido, dor facial, espirros, secreção constante e até o uso repetido de medicamentos que nem sempre resolvem — ou que acabam gerando efeitos colaterais.

Mas existe uma boa notícia: uma técnica terapêutica moderna, segura, indolor e cada vez mais estudada pela ciência, pode ajudar você a respirar melhor e ter mais qualidade de vida. Estamos falando da fotobiomodulação, também conhecida como laserterapia de baixa intensidade.

O que é a fotobiomodulação?

A fotobiomodulação é uma forma de terapia que utiliza luz de baixa intensidade, emitida por dispositivos como LED ou laser, para estimular processos naturais de regeneração e modulação do organismo. Quando aplicada na região nasal, ela atua diretamente na mucosa inflamada, trazendo benefícios importantes.

Como ela atua na rinite e na sinusite?

Estudos mostram que a luz de baixa intensidade pode:
– Reduzir a inflamação da mucosa nasal e dos seios da face
– Estimular a regeneração celular, acelerando a recuperação dos tecidos
– Melhorar a circulação local, facilitando a drenagem do muco
– Atuar como analgésico e descongestionante natural
– Modular a resposta imune local, o que é especialmente útil em casos de rinite alérgica

E o que diz a ciência?

Alguns estudos que embasam o uso da fotobiomodulação para quadros respiratórios:


– Hamblin MR (2017): mostrou que a luz vermelha e infravermelha modula citocinas inflamatórias como IL-1β e TNF-α, favorecendo a ação anti-inflamatória nos tecidos-alvo.


– Lee KC et al. (2015): estudo duplo-cego randomizado com pacientes com rinite alérgica mostrou redução significativa dos sintomas nasais com sessões regulares de fotobiomodulação.


– Lee SJ et al. (2013): pacientes com sinusite crônica apresentaram melhora clínica e radiológica após sessões de fotobiomodulação, em comparação ao grupo placebo.

Para quem esse tratamento é indicado?

A fotobiomodulação pode ser uma excelente aliada para:
– Pacientes com rinite alérgica persistente ou grave
– Casos de sinusite crônica com pouca resposta aos tratamentos convencionais
– Pessoas com intolerância a corticoides ou anti-histamínicos
– Quem busca abordagens complementares mais naturais e com menos efeitos adversos

Importante: não é substituto, é complemento.

A fotobiomodulação não substitui os tratamentos convencionais, mas pode potencializá-los e ajudar na redução da dependência de medicamentos. Ela deve sempre ser indicada e acompanhada por um médico com experiência na área.

 Conclusão: respirar melhor pode ser mais simples do que parece.

Se você sente que já tentou de tudo e mesmo assim continua sofrendo com sintomas respiratórios, talvez seja hora de olhar para novas possibilidades. A fotobiomodulação é uma ferramenta moderna, baseada em ciência, que pode te ajudar a romper o ciclo da inflamação crônica e viver com mais saúde, energia e bem-estar.

Referências científicas:

1. Hamblin MR. Mechanisms and applications of the anti-inflammatory effects of photobiomodulation. AIMS Biophysics. 2017.


2. Lee KC, et al. The effect of low-level laser therapy in allergic rhinitis: A double-blind, randomized, placebo-controlled study. Int Forum Allergy Rhinol. 2015.


3. Lee SJ, et al. Low-level laser therapy for chronic rhinosinusitis: A randomized, double-blind, placebo-controlled study. Photomed Laser Surg. 2013.


4. de Freitas LF, Hamblin MR. Proposed mechanisms of photobiomodulation therapy: the role of reactive oxygen species and redox signaling. Photochem Photobiol Sci. 2016.

5. Costa TM, Carneiro FM, Oliveira KA, et al. Rhinophototherapy, an alternative treatment of allergic rhinitis: systematic review and meta‑analysis. Braz J Otorhinolaryngol. 2021;87(6):742–752. doi:10.1016/j.bjorl.2020.12.016

6. Teixeira TC. Efeitos da fotobiomodulação com laser vermelho e infravermelho na obstrução nasal de crianças e adolescentes com rinite alérgica. Dissertação de mestrado, Unifesp, 2024.

7. Sakano E, Sarinho ESC, Cruz AA, et al. IV Consenso Brasileiro sobre Rinites. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;84(1):3–14. doi:10.1016/j.bjorl.2017.10.006

Sobre mim
Dra. Andréa Rodrigues

• Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

• Residência Médica no Hospital Betina Ferro de Souza (UFPA).

• Especialista também pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial.

• Membro Titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial.

• Pós-graduação em Imunologia Básica e Avançada (faculdade Unyleya)

• Pós-graduação em suplementação pediátrica (Sociedade Brasileira de Medicina Funcional Integrativa)

Blog
Outros conteúdos

Nariz

Como Parar de Usar Descongestionante Nasal em 7 Dias: É Possível Sim!

Leia mais

Informações gerais

Tosse Noturna na Gripe: Por Que Acontece e Como Aliviar?

Leia mais

Garganta

Garganta Sempre Inflamada: Um Diagnóstico Equivocado e Anos de Desconforto

Leia mais